Meio Ambiente
Água Boa inspira documento do Fórum de Águas
25/11/2008
O documento que os países do continente americano vão levar ao Fórum Mundial das Águas, em 2009, na Turquia, tem a cara do Brasil e do Programa Cultivando Água Boa. Alguns dos itens que formam a chamada “Mensagem de Foz do Iguaçu” se baseiam em necessidades brasileiras e têm grande influência do Água Boa, programa desenvolvido pela Itaipu Binacional e parceiros em todos os 29 municípios da Bacia do Paraná 3. O documento foi definido na manhã desta terça-feira, pelos cerca de 250 participantes dos 37 países americanos, no último dia do Fórum de Águas das Américas, realizado desde domingo em Foz do Iguaçu.
“Isso é a cara do Programa Cultivando Água Boa”, afirmou Benedito Braga, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e vice-presidente do Conselho Mundial de Água. Ele se refere ao trabalho de educação ambiental nas microbacias, uma das ações expoentes do Cultivando Água Boa.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, “Samek participou ativamente dos debates”, disse. “Itaipu tem grande interesse em se integrar à ANA no fórum mundial”, concluiu. As autoridades dos países americanos passaram dois dias debatendo, para chegar a um documento de consenso, formado por 11 itens, com as principais questões do continente relativas à gestão dos recursos hídricos. Nos próximos meses, representantes desses países continuarão em contato para afinar o discurso até o encontro mundial, que acontece em março de 2009, em Istambul, na Turquia.
Questões relevantes
Outro ponto que é a cara do Brasil diz respeito a fortalecer os órgãos de gestão de água estaduais, integrando-os com a política nacional de recursos hídricos. “Parece que foi feito pela gente, mas é um consenso das Américas. Isso mostra como estamos unidos nas questões das águas”, disse Braga.
O documento leva a Istambul questões como transversalidade nas políticas públicas das águas; uso múltiplo (geração de energia, transporte, agricultura, entre outros); regulamentação e incentivos econômicos; gestão compartilhada de aqüíferos e bacias transfronteiriças. As pequenas ilhas do Caribe conseguiram aprovar o item que fala sobre uma especial atenção aos seus recursos aqüíferos, principalmente em um cenário de mudanças climáticas.
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