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Meio Ambiente
Águas das Américas e V Água Boa começam no domingo
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21/11/2008

A abertura do V Encontro Cultivando Água Boa e do Fórum de Águas das Américas contará com a participação da maior autoridade do mundo em conhecimentos sobre gestão e aproveitamento de recursos hídricos e saneamento: o francês Loïc Fauchon. Presidente do Conselho Mundial da Água, Fauchon ocupará a mesa de autoridades na abertura oficial dos dois eventos, no domingo (dia 23), às 18h, no Hotel Rafain Palace, em Foz do Iguaçu.

 

Além de Fauchon, está confirmada a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, do ministro do Meio Ambiente da Turquia, Veysel Eroglu, do governador Roberto Requião, do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, José Machado, e dos diretores-gerais brasileiro e paraguaio de Itaipu, Jorge Samek e Carlos Quinto Mateo Balmeli, entre outras autoridades.

 

Na segunda-feira, o presidente do Conselho Mundial da Água participará da sessão inaugural do Fórum de Águas das Américas, ao lado dos ministros do Meio Ambiente do Brasil e da Turquia e do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas. Ao final do fórum, na terça-feira, sairá um documento com as propostas das Américas para o Fórum Mundial de Águas, que será realizado em março, na Turquia – é por isso que o ministro de Meio Ambiente da Turquia, Veysel Eroglu, participará do fórum.

 

O Conselho Mundial da Água é um organismo internacional fundado em 1996, com sede em Marselha, no sul da França. Agrupa mais de 300 organizações de todo o mundo, incluindo agências especializadas da ONU, instituições financeiras, representantes de Estados, universidades, empresas privadas e organizações da sociedade civil.

 

Crítico do atual sistema de gestão dos recursos hídricos, Fauchon, na última visita que fez ao Brasil, apresentou uma comparação assustadora: "A ausência ou insuficiência de água potável mata dez vezes mais pessoas do que todos os conflitos armados juntos". As razões para o agravamento desse problema passam pelo aumento demográfico, o crescimento das megacidades e as mudanças climáticas, disse.

 

Entre as soluções, ele apontou a necessidade de gerir melhor os recursos hídricos, lembrando que, nos EUA, o consumo diário de água por pessoa chega a 700 litros/dia; na Alemanha e França, essa proporção cai para 200 litros/dia); estabelecer uma cooperação internacional efetiva, no sentido de evitar catástrofes relacionadas à água; e financiar e investir em tecnologia para descobrir novas fontes.

 

O V Encontro Cultivando Água Boa e o Fórum de Águas das Américas vão envolver mais de três mil pessoas, de domingo até terça-feira, no auditório e em salas do Hotel Rafain Palace. A participação no V Encontro Cultivando Água Boa é aberta ao público em geral, com oficinas sobre gestão de bacias hidrográficas, agricultura sustentável, cultivo de plantas medicinais, gestão de resíduos, energias renováveis e edificações sustentáveis, entre outras. Essa será também uma oportunidade para os parceiros e participantes dos diversos projetos socioambientais do Cultivando Água Boa avaliarem os resultados do programa e estabelecerem novas metas.

 

Já o Fórum de Águas das Américas é restrito a convidados de mais de 30 países. O evento trará profissionais ligados à gestão e política de recursos hídricos de governos, sociedade civil organizada, universidades e usuários de água. O objetivo é promover uma plataforma de discussão e, com base nisso, fazer um diagnóstico da situação da política e gestão de recursos hídricos no continente e traçar propostas de políticas adequadas para fazer frente ao desafio das mudanças globais, em particular da variabilidade e mudança climática.

 

Durante o Fórum, os participantes avaliarão o desenvolvimento e o progresso que os países das quatro sub-regiões (América do Norte, América Central, Caribe e América do Sul) atingiram na última década em termos de políticas de água. Documentos orientadores, especialmente elaborados e previamente discutidos nessas sub-regiões, serão apresentados e discutidos pelos participantes em quatro sessões plenárias.

 

Essas discussões contribuirão para o documento preliminar das Américas, que será apresentado e discutido no segundo dia desse Fórum. O encontro também servirá como preparação para o Fórum Mundial da Água, a ser realizado em março, na Turquia, que reunirá os documentos elaborados nos demais continentes.