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Brasil adere ao Centro de Saberes
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23/11/2008

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, formalizou neste domingo a adesão do Brasil ao Centro de Saberes e Cuidados da Bacia do Prata. Com isso, o ministério poderá ajudar financeiramente e fazer acordos técnico-científicos com o Centro. A assinatura ocorreu durante a solenidade de abertura do Fórum de Águas das Américas e do 5º Encontro Cultivando Água Boa, que acontecem em Foz do Iguaçu, de 23 a 25 de novembro.

 

Dos cinco países que formam o Bacia do Prata, somente os governos do Paraguai e da Bolívia haviam formalizado a adesão ao Centro. Segundo o secretário executivo brasileiro do Centro de Saberes, Marcelo Alves de Sousa, a adesão do Brasil abre as portas para que o Uruguai e a Argentina façam o mesmo.

 

 “Esses países estavam esperando o Brasil, como país anfitrião do Centro, assinar o acordo para se manifestarem”, afirmou. A assinatura do governo argentino pode acontecer na primeira semana de dezembro, em um encontro em Brasília.

 

O Centro de Saberes é um espaço criado em 2007 pela Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata (CIC). O objetivo é a difusão dos conhecimentos científico e tradicional, para promover a sustentabilidade socioambiental na Bacia do Prata.

 

Povos indígenas

 

A solenidade de domingo também foi marcada pela posse dos representantes de povos indígenas no conselho diretor do Centro de Saberes. Pelo Brasil, foi empossado Kaka Werã Jecupé, da etnia tapuia;  pela Argentina, Rosalía Gutierrez, da etnia kolla.

 

Para Kaka, esse ato representa a possibilidade de levar todo o conhecimento milenar indígena para as discussões de sustentabilidade, trabalhando em conjunto com o conhecimento científico. “Seremos um veículo de transmissão da sabedoria dos velhos em contribuição com o desenvolvimento dos novos”, afirmou.

 

Ele disse ainda que, apesar das inúmeras etnias nos cinco países da Bacia do Prata (só no Brasil são 216), esses povos têm algumas características em comum, como a relação com a natureza. “Sempre antes de fazer uso dos elementos da terra, nós pensamos em sete gerações para a frente”, disse. Pensar no desenvolvimento presente sem prejudicar as gerações futuras é um passo importante para a sustentabilidade.