Numa iniciativa inédita, a Itaipu Binacional formalizou com todos os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador dos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 um compromisso com a questão ambiental e a continuidade das ações do Programa Cultivando Água Boa.

Marechal Cândido Rondon

O pacto, que exclui qualquer conotação político-partidária e independe de quem for eleito, foi assinado depois de uma série de reuniões entre a Diretoria de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu e os candidatos de todos os partidos e coligações. Nessas reuniões, foram apresentados os fundamentos teóricos, os procedimentos práticos e os resultados já alcançados pelo programa socioambiental da Itaipu e seus parceiros.

Depois de debater a questão, os candidatos concordaram em assinar a chamada “Carta Pacto Ambiental e Pacto do Programa Gestão da Bacia Hidrográfica do Paraná 3”. Em 27 reuniões, das quais participaram 1.430 pessoas, foram colhidas 75 assinaturas de adesão de todos os candidatos a prefeito e vice-prefeito.

Medianeira

Em Foz do Iguaçu e Cascavel, devido ao grande número, não foi possível reunir os candidatos, mas a proposta do pacto foi levada a cada um deles e, como nos demais municípios, acatada por todos.

Nos encontros com os candidatos a vereador, uma das referências foi a Frente Parlamentar pela Água, Vida e Sustentabilidade, criada em 2007, com o incentivo da Itaipu, no âmbito da Associação das Câmaras Municipais do Oeste do Paraná (ACAMOP), que congrega os 50 municípios da região. A Frente surgiu justamente da convicção dos vereadores de que é preciso haver uma atuação concreta e positiva na preservação e uso correto dos recursos naturais, a começar pela água.

Ramilândia

No entendimento da Diretoria de Coordenação de Itaipu, “é tão crucial a luta pela preservação ambiental para a construção da sustentabilidade da vida que a causa deveria ser prioritária e permear todos os programas de governo, desde as campanhas eleitorais”, o que ainda, infelizmente, não acontece, sob a alegação de muitos candidatos de que isso “não dá voto”.

Luiz Suzuke, um dos técnicos de Itaipu que conduziram a negociação com os candidatos,  “a iniciativa pioneira foi plenamente bem sucedida não só pela maciça adesão à proposta, como também pela cordialidade, pelo clima amistoso em que as reuniões se desenvolveram, com os candidatos esquecendo rivalidades, disputas e mesmo intrigas, e cada um assumindo o compromisso ambiental, o que constitui uma novidade promissora em campanhas eleitorais”. 

Santa Helena

Luiz Carlos Vicentine, responsável pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Santa Helena, disse que “foi importante ver os candidatos assumirem com coragem o compromisso de continuar a execução do programa nos seus municípios”.

Margareth Gloss, coordenadora do Comitê Gestor do Cultivando Água Boa em Marechal Cândido Rondon, lembrou que o programa beneficia principalmente os agricultores e que “o município só tem a ganhar com a sua continuidade”.

Santa Terezinha

A metodologia do Cultivando Água Boa exige amplas e fortes parcerias, entre as quais se destacam as prefeituras, por isso é fundamental o apoio tanto dos prefeitos quanto dos vices e dos vereadores.

Vera Cruz do Oeste

O documento assinado pelos candidatos diz, num de seus trechos: “Solidariamente, a Itaipu tem chamado a região ao envolvimento no programa para que seja de todos porque é bom para todos. (...) Sejam quem forem os eleitos, a luta não pode parar – ela se impõe para hoje e para sempre, pois nunca mais a humanidade poderá baixar a guarda nos cuidados com o meio ambiente.”