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Comissão da Câmara aprova criação da Unila
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03/12/2008

A criação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) foi aprovada nesta quarta-feira (3), por unanimidade, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. “A aprovação é um marco para o Paraná, e para a educação no país e na América Latina. A Unila será uma enorme contribuição para a integração dos povos do continente e para diminuir o abismo existente no acesso à educação de nível superior”, comemora o deputado federal Ângelo Vanhoni, relator da comissão. 

 

Agora, o projeto segue para as comissões de Constituição e Justiça e a de Finanças e Tributação, antes de ir para o Senado. Mas será uma tramitação mais rápida do que na Comissão de Educação. Segundo Vanhoni, a expectativa é que até março de 2009 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já terá sancionado a lei que cria a Unila.

 

A Itaipu Binacional vem participando ativamente da comissão de instalação da nova universidade. A empresa doou 40 hectares para a construção do campus, que deverá estar concluído em 2011. As aulas, no entanto, deverão começar no segundo semestre do ano que vem, nas dependências do Parque Tecnológico Itaipu. “Já no primeiro semestre, deveremos realizar um concurso público para a formação do quadro de servidores. A Câmara aprovou uma requisição nesse sentido da parte do Ministério da Educação”, informa Vanhoni.

O Projeto de Lei 2.878/08 propõe a criação de uma universidade federal bilíngüe (português e espanhol) em Foz do Iguaçu, com ensino, pesquisa e extensão em ciências e humanidades, em áreas prioritárias para a integração do continente. Na exposição de motivos para sua criação, reconhece-se a urgência de promover, por intermédio do conhecimento e da cultura, a cooperação e o intercâmbio solidários com os demais países da América Latina, aspiração histórica que se tornou imperativa nos dias atuais.

Assim, a Unila nasce com a missão de contribuir para a formação de uma mentalidade latino-americana que favoreça o avanço do processo de integração da região; criar um espaço de convivência e interação para professores e estudantes de todos os países da região; promover redes de investigação avançada e a formação de recursos humanos de alto nível; além de criar o Instituto de Altos Estudos do Mercosul (IMEA), visando a promoção de um pólo internacional de pesquisa.

 

Quando estiver totalmente implantada, no prazo de quatro anos, a Unila deverá abrigar 500 professores e 10 mil alunos (ambos na proporção de 50% para o Brasil e 50% para os outros países latinos). Atualmente, uma comissão liderada pelo ex-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Hélgio Trindade, está formulando a proposta pedagógica da Unila, com a perspectiva de concluir esse trabalho no início do próximo ano. A princípio, serão 20 cursos, que abordam áreas como energia, meio ambiente, história, gestão, cultura, línguas, cinema, entre outros. “Será uma proposta inovadora, que permitirá a integração dos cursos, de forma que os conhecimentos possam estar relacionados por áreas afins”, completa Vanhoni.