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Turismo
Expedição Chasing the Sun termina com apresentação radical na Itaipu
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19/12/2012

Depois de 110 dias de viagem e 23 mil quilômetros percorridos em cinco países, os jovens participantes da expedição Chasing the Sun – South America (em português, Perseguindo o solAmérica do Sul) chegaram à Itaipu, na tarde desta terça-feira (18), com o sentimento de missão cumprida. A usina também havia sido o ponto de partida da jornada, no dia 30 de agosto.

“Conhecemos várias culturas, esportistas e projetos socioambientais. Aprendemos com eles e compartilhamos a ideia de que os esportes radicais precisam conviver em harmonia com o meio ambiente”, contou o idealizador da aventura, o alemão Paul Guenther, de 29 anos. E acrescentou: “Um depende do outro”.

Dos quatro aventureiros, somente o alemão Tarek Ouertani, de 23 anos, precisou voltar antes devido ao vôo marcado para a Alemanha. “Nossa expectativa era chegar aqui dia 9, mas acabamos atrasando um pouco”, disseram as argentinas Roro Ibaguren, 28 anos, e Flor de Pamphilis, de 21 anos, que completam o grupo.

Na chegada, Paul, Roro e Flor foram recepcionados pelo diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, e pelos integrantes da Associação de Longboard de Foz do Iguaçu (Alfi) para uma apresentação na usina. Viajantes e esportistas fizeram manobras radicais nas vias internas da hidrelétrica sobre longboard (um tipo maior de skate). Alguns chegaram a atingir mais de 100 quilômetros por hora.

“A aventura e a ousadia desses jovens confirmou a forte ligação entre os esportes de alta intensidade às questões ambientais. Eles fizeram da aventura uma questão pedagógica”, disse Friedrich. “Durante esses quatro meses de viagem, levaram a marca da hidrelétrica, do Destino Iguaçu, e do Programa Cultivando Água Boa (CAB), tido pelos jovens como uma referência de boa prática socioambiental no Brasil”.

A viagem
O grupo passou por mais de 20 cidades no Brasil, Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Todo o trajeto foi percorrido a bordo de um Mini Cooper, de propriedade de Paul Guenther. “Uma das nossas maiores dificuldades foi viajar tantos quilômetros em um carro tão pequeno”, relatou Paul. Num mesmo dia, chegaram a percorrer até 20 horas na estrada.

Em alguns locais dormiram em hostels ou em casas de família; em outros, em barracas montadas em postos de combustíveis. Como a verba era escassa, cerca de U$ 30 mil ou pouco mais de R$ 60 mil, os expedicionários chegaram a lavar pratos para pagar pelas refeições. “Foi um aprendizado muito grande. Valeu cada segundo. Em Ubatuba, no estado de São Paulo, conhecemos um surfista que ensina os valores da vida e a importância do meio ambiente por meio do surf”, relembrou Flor.

Em Itacaré (BA), eles surfaram com crianças carentes. No Rio Grande do Norte, em Natal, o grupo participou de kitesurf (surf combinado com uma espécie de pipa). Eles também acompanharam demonstrações de BMX em La Paz, na Bolívia, e de sandboard (descida de dunas de areia com prancha), no Salar boliviano. No Chile, os jovens desceram montanhas de bicicleta (bike downhill). Em Pichilemu, cidade litorânea chilena, eles acompanharam surfistas especializados em altas ondas.

Documentário
Segundo Paul Guenther, a viagem foi toda captada em fotos e vídeos, que estão disponíveis nas redes sociais do grupo e de seus patrocinadores, como a Itaipu. Em 2013 eles devem lançar um documentário. “Temos muito material que poderá ser utilizado como incentivo ao cuidado com as causas socioambientais”, disse Roro.