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Meio Ambiente
Fórum propõe que governos financiem gestão da água
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24/11/2008

A grande contribuição das autoridades que participam do Fórum de Águas das Américas é propor soluções para a questão do financiamento da gestão das águas. É o que espera o presidente do Conselho Mundial das Águas, Loïc Fauchon, que falou na abertura do Fórum, na manhã desta segunda-feira, em Foz do Iguaçu.

 

As cerca de 200 autoridades dos 37 países das três Américas estão reunidas para discutir os principais problemas do continente em relação aos recursos hídricos. O Fórum define o posicionamento dos países americanos que será levado ao Fórum Mundial, que acontece em março de 2009, em Istambul, Turquia.

Segundo Faunchon, em muitos países do continente americano não há infra-estrutura para prover uma boa gestão das águas. “Vocês devem encontrar meios de arrecadação de recursos para financiar os planos de infra-estrutura”, alertou. 

 

  Presidente do Conselho Mundial das Águas,            Loïc Fauchon Faunchon disse acreditar que a gestão deve ser compartilhada entre as diferentes esferas do governo, conciliando as questões políticas e técnicas. “Nós temos a responsabilidade de colocar em prática o conhecimento de cada país e região. O Conselho necessita da contribuição de vocês”, concluiu.

Temas variados

 

Enchentes nos Estados Unidos, falta de infra-estrutura nas pequenas ilhas do Caribe, saneamento básico na América Central ou gestão compartilhada de bacias hidrográficas na América do Sul. Durante dois dias de Fórum, os países de uma região tão diversa como o continente americano buscam soluções para questões que afetam a população.

 

  Diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado “Nos Estados Unidos, se um furacão está próximo da costa, a população viaja mil milhas para o interior do país”, disse a diretora executiva do Instituto Caribenho de Saúde Ambiental, Patrícia Aquing. “Mas nas ilhas do Caribe, se viajarmos mil milhas, saímos do outro lado”, concluiu. Por isso, segundo ela, é preciso investir em infra-estrutura capaz de garantir a segurança da população onde quer que ela esteja.

No caso do Brasil, as diferenças entre as regiões e a gestão compartilhada dos recursos hídricos com os paises vizinhos são algumas das principais questões. Foz do Iguaçu é o melhor exemplo de contrate com regiões do semi-árido brasileiro. O governador da Bahia, Jacques Wagner, afirmou que, em seu estado, apenas 30% da população rural tem acesso à água. “Com a transposição do Rio São Francisco, poderemos melhorar esse acesso, levando a água que vai garantir o desenvolvimento das comunidades mais retiradas”, defendeu.

 

  Ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc Para o ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, há uma especial preocupação com a gestão do Aqüífero Guarani. “Precisamos trabalhar juntos para manter a qualidade do aqüífero. De nada adianta um país fazer tudo certo se o pais vizinho contaminar essas águas”, afirmou.

 

A gestão da água nas bacias Amazônica e do Prata deve ser feita de forma conjunta, defendeu o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado. Rios como o Amazonas, que nasce e corta paises vizinhos antes de atravessar a Região Norte do Brasil, são, para ele, exemplos da importância da gestão integrada.