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Energia
Itaipu bate recorde histórico de produção
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02/01/2009

Em 2008, a usina de Itaipu atingiu um novo recorde histórico de produção de energia, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior era do ano 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh.

  

 

 

 

Este volume de energia jamais foi atingido por nenhuma outra hidrelétrica do mundo.

 

A usina de Três Gargantas, que a China constrói no Rio Yang-Tse, não deverá superar Itaipu em produção. Quando concluída, a usina chinesa terá 22,4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, contra os 14 mil MW de Itaipu. A vantagem em relação a Três Gargantas é a situação hidrológica: o Rio Paraná, onde está Itaipu, tem grande volume de água o ano inteiro.

 

A energia produzida por Itaipu em 2008 seria suficiente para suprir todo o consumo mundial por dois dias; atender durante um ano um país como a Argentina; e o Paraguai, parceiro no empreendimento, por 11 anos. Ou, ainda, poderia suprir por um ano o consumo de eletricidade de 23 cidades do porte da grande Curitiba.

  

Desenvolvimento

 

“Em um momento de incertezas econômicas, a Itaipu dá a sua contribuição para que o Brasil continue no caminho do desenvolvimento”, disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek. Ele atribuiu a quebra do recorde à soma de três fatores. “Foi preciso convergir água suficiente, maquinário sempre disponível e demanda de consumo para essa energia”, ressaltou. “E esses fatores só foram possíveis graças à economia crescente, ao trabalho competente do pessoal que cuida da manutenção da usina e à generosidade do Rio Paraná, com as hidrelétricas que regulam o nosso reservatório”, complementou.

   

O diretor-geral paraguaio de Itaipu, Carlos Mateo Balmelli, destacou o fato de o recorde ser não apenas de Itaipu, mas mundial. Ele citou os fatores apontados por Samek como responsáveis por essa produção e ressaltou a alta qualificação dos empregados, em especial da área técnica da usina.

  

Novos recordes

 

O diretor técnico executivo, Antonio Otélo Cardoso, avaliou a importância do trabalho do sistema de transmissão da energia de Itaipu e disse que o recorde de 2008 pode não durar muito tempo, ao contrário do que ocorreu em 2000. “Se as condições favoráveis permanecerem e a economia continuar crescendo, acredito que já em 2009 podemos superar esse número”, afirmou.

   

O superintendente de Operação, Carlos Alberto Knakiewicz, lembrou que, no que depender do pessoal da área técnica, novas marcas serão atingidas. “À parte os fatores que não temos controle, como a incidência de chuvas e o consumo de energia, é importante que tenhamos os melhores resultados possíveis naquilo em que a nossa influência é direta, como na operação e manutenção da usina, o que felizmente conseguimos”, avaliou.

  

Participação no mercado

 

Se por um lado a usina bate a própria marca máxima, por outro termina 2008 com 19% de participação no consumo de energia no Brasil, a mesma de 2007. Este é o menor índice desde 1992, quando a usina começou a operar com 18 unidades geradoras – hoje são 20. Em 2000, ano do recorde anterior, a Itaipu respondeu por 25% da demanda de energia no mercado brasileiro. Em 1995 e 1997, essa participação chegou a 26%.

   

Por isso, 2008 foi, segundo Jorge Samek, o ano de uma dupla conquista. De acordo com o diretor-geral brasileiro, apesar da marca histórica, novos empreendimentos estão enriquecendo a matriz energética brasileira e gradativamente consolidando a diminuição da importância relativa de Itaipu para o País. “Isso é positivo, pois reduz a dependência do Brasil em relação a uma única fonte e mostra que o governo está atento à questão energética”, concluiu.