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Itaipu e prefeitura de Foz do Iguaçu estudam instalação de VLT
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07/08/2012

A prefeitura de Foz do Iguaçu, com o apoio de Itaipu Binacional, vai propor ao governo federal a instalação na cidade um ramal de Veículo Leve sobre Trilho (VLT), ligando o Parque Nacional do Iguaçu (PNI) à futura sede da Universidade Federal da Integração Latino-Americano (Unila).

Pelo projeto, o ramal terá 40 quilômetros de extensão, saindo do Hotel das Cataratas, passando pelo Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, centro da cidade, Avenida Juscelino Kubitscheck e Avenida Tancredo Neves, até chegar à Unila. Estações de embarque e desembarque serão instaladas no trajeto.

O custo do projeto é de R$ 5 milhões por quilômetro, totalizando um investimento de R$ 200 milhões, divididos em três fases e seis anos de implantação.

A proposta será apresentada até o dia 31 de agosto ao Ministério das Cidades, para ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, lançado no último dia 19, em Fortaleza (CE), pela presidente Dilma Rousseff.

O programa federal vai liberar R$ 7 bilhões, por meio de financiamento público, para beneficiar municípios com mais de 250 mil e menos de 700 mil habitantes. Foz do Iguaçu é um dos 75 municípios brasileiros pré-habilitados para receber os recursos.

O objetivo do programa é “fomentar ações estruturantes para o sistema de transporte coletivo urbano, por meio de qualificação e ampliação da infraestrutura de mobilidade urbana”.

Primeira reunião

Na última segunda-feira (6), a implantação do VLT na cidade foi discutida por técnicos do Instituto de Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) e da Itaipu, no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Movidos a Eletricidade, o Galpão G5.

A área responsável pela coordenação do projeto pela usina será a Diretoria de Coordenação, por meio da Superintendência de Obras e Desenvolvimento (OD.CD), com apoio técnico da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável (AM.TE).

De acordo com o chefe da AM.TE, engenheiro Celso Novais, coordenador brasileiro do Projeto Veículo Elétrico (VE), a ideia de buscar o apoio de Itaipu para discutir a viabilidade técnica do projeto foi da própria administração municipal, levando em conta a demanda crescente por transporte público devido a implantação da Unila e também pelas características de destino turístico da cidade.

“É importante destacar que faz parte da missão de Itaipu apoiar o desenvolvimento econômico, ambiental e social da região. Por isso, estamos abertos para prestar suporte e apoio a todos os municípios da região, inclusive na área de mobilidade”, afirmou.

No portfólio de produtos do Projeto VE estão o Palio Weekend elétrico, o caminhão elétrico, o ônibus 100% elétrico, o ônibus híbrido a etanol e o novo Marruá elétrico.

VLT elétrico

Segundo Novais, soluções de eletrificação de VLT com a empresa cearense Bom Sinal, a única do segmento no Brasil, estão em estudo no Projeto VE há dois anos. “Hoje, a versão de VLT da empresa é a diesel e biodiesel. Queremos desenvolver um VLT puramente elétrico, o que seria uma evolução tecnológica e ambientalmente correta”, explicou.

Ainda de acordo com Novais, no primeiro momento a ideia é desenvolver um veículo com cabo de alimentação elétrica superior – chamado de catenária –, como são os VLTs na Europa, por exemplo. No segundo momento, as composições seriam alimentadas por bancos de baterias de sódio, sem alimentação externa, similares aos atuais veículos elétricos desenvolvidos por Itaipu.

Outra preocupação da equipe técnica de Itaipu é integrar a primeira fase de instalação do VLT ao projeto que prevê a revitalização completa da Avenida Tancredo Neves, com instalação de iluminação mais moderna, nova sinalização e ciclovia – entre outras benfeitorias.

Além disso, a proposta leva em conta o aumento previsto de demanda por transporte público com a realização de eventos importantes no País – como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Como destino turístico, Foz deve receber parte desses visitantes.

Cronograma

Pelo cronograma do governo, as propostas dos municípios para o PAC 2 – chamadas “carta-consulta” – devem ser apresentadas até o dia 31 de agosto; a análise das propostas será feita de 3 de setembro a 1º de outubro; de 8 de outubro a 30 de novembro haverá a defesa das propostas em reuniões presenciais; a divulgação dos projetos contemplados está prevista para o dia 14 de dezembro.