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Meio Ambiente
Itaipu participa do 5º Fórum Mundial da Água
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13/03/2009

O diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, participa a partir de segunda-feira, dia 16, até o dia 22, do 5º Fórum Mundial da Água,  em Istambul, na Turquia. O encontro reunirá cerca de 20 mil pessoas de 150 países, entre os quais gestores de recursos hídricos, especialistas, políticos e formadores de opinião. 

 

 

A participação brasileira é coordenada pela Agência Nacional de Águas, que organizou uma comitiva de 150  especialistas de diversas organizações, entre as quais a Itaipu Binacional.

 

O evento é organizado pelo Conselho Mundial da Água, que tem sede em Marselha, na França, e é formado por 360 organizações de 60 países. Entre elas, a Itaipu Binacional, admitida em novembro de 2008, durante o Fórum de Águas das Américas, realizado em Foz do Iguaçu e preparatório para o encontro mundial de Istambul.

 

Esses encontros promovidos pelo Conselho Mundial da Água visam encontrar soluções para garantir acesso à água potável e ao saneamento básico para milhões de habitantes. No mundo, 1 bilhão dos 6,5 bilhões de habitantes não tem acesso a água potável. Nesta edição, o foco do encontro é a necessidade de integração entre regiões, países e povos para garantir que todos, independentemente de limites geográficos, econômicos e culturais, tenham acesso à água.

 

O diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, conta que no fórum de Istambul Itaipu terá quatro participações. A primeira será a apresentação do Programa Cultivando Água Boa, dentro da programação normal do encontro; outra, na reunião articulada por Portugal e pela Agência Nacional de Águas com a comunidade de língua portuguesa; depois, Itaipu irá apresentar o Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata; e, por fim, a empresa estará representada no estande do Brasil. Além de Friedrich, o coordenador do Programa de Energias Renováveis de Itaipu, e Cícero Bley Jr., também falará sobre o que a empresa vem desenvolvendo nessa área.

 

O 5º Fórum Mundial da Água começou a ser preparado em março de 2007, quando tiveram início reuniões de especialistas em diversas regiões do mundo, para elaborar análises e definir propostas a serem levadas a Istambul. Nas Américas, o processo se desenvolveu em debates realizados na América do Norte, América Central, Caribe e América do Sul.

 

A consolidação das proposições levantadas nos encontros regionais ocorreu no Fórum de Águas das Américas, realizado em Foz do Iguaçu, por decisão da Agência Nacional de Águas, organizadora do evento, que para isso levou em conta especialmente o trabalho da Itaipu Binacional na gestão de águas nacionais – no contexto do programa socioambiental Cultivando Água Boa, que a empresa e seus parceiros implementam na Bacia Hidrográfica do Paraná 3 – e de águas fronteiriças e transfronteiriças, no âmbito da Bacia do Prata.

 

No Fórum de Águas das Américas, o presidente do Conselho Mundial da Água, Löic Fauchon, reconheceu o protagonismo da Itaipu na questão da água: “A Itaipu Binacional, assim como a ANA, é membro do Conselho Mundial da Água, por isso desempenha um importante papel neste debate crucial relacionado aos problemas dos recursos hídricos.” Segundo Fauchon, a própria “Mensagem de Foz do Iguaçu”, com a formulação das propostas das Américas para o Fórum Mundial da Água, se inspirou basicamente nos fundamentos teóricos e procedimentos práticos do Cultivando Água Boa. Na ocasião, Fauchon disse que a experiência da Itaipu na gestão de recursos hídricos seria de suma importância para o V Fórum Mundial da Água.

 

Proposições das Américas

 

Desse evento em Foz, surgiram as seguintes propostas, que serão apresentadas em Istambul:

-  promover inclusão social e erradicação da pobreza por meio do acesso universal à água potável e saneamento básico e do uso produtivo da água, pela utilização do potencial hidrelétrico, da irrigação, do transporte, turismo e lazer, dentro de um contexto de desenvolvimento sustentável;

-  fortalecer institucionalmente os órgãos gestores de águas e a promoção da integração interna e externa da política de recursos hídricos com as demais políticas setoriais;

-  incorporar o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, na gestão de recursos hídricos e a necessidade de transferência de tecnologia e recursos financeiros adicionais, em particular em estratégias para enfrentar a mudança do clima;

-  em função de sua transversalidade, a gestão de recursos hídricos deve estar no centro das políticas públicas, incluindo o planejamento, implementação e controle;

-  conforme as especificidades de cada região, observar o uso múltiplo das águas de forma eficiente e racional, incorporando a proteção, conservação e recuperação ambiental como ações necessárias para a melhoria da disponibilidade da água;

-  a sustentabilidade hídrica requer boa regulação e incentivos econômicos;

-  promover acordos sobre gestão de aqüíferos e bacias transfronteiriças;

-  promover gestão descentralizada, participativa e integrada dos recursos hídricos com a presença dos atores locais, comunidades indígenas e tradicionais, considerando a perspectiva de gênero;

-  promover a produção limpa por meio de investimentos em pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e capacitação;

-  considerar que o desafio do manejo dos recursos aqüíferos das pequenas ilhas (Sids) em regiões do Caribe deve ser reconhecido e receber atenção especial à sua vulnerabilidade diante das mudanças climáticas globais;

-  incrementar a conscientização acerca da água com treinamento e educação para todos na sociedade, incluindo pessoas de diferentes níveis sociais e econômicos, conectando as pessoas com a bacia na qual interage.