O Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos (Lasse) inaugurou, nesta quarta-feira, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o seu principal componente: um simulador de sistemas elétricos capaz de testar o comportamento dinâmico de diversos equipamentos de operação de hidrelétricas, subestações e linhas de transmissão. Segundo os coordenadores do laboratório, além de dar suporte técnico aos programas de atualização tecnológica da Itaipu, com o simulador o Lasse agora tem condições de oferecer uma alternativa rápida e econômica para a realização de ensaios de empresas do setor elétrico.

A cerimônia contou com a presença do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, do diretor-superintendente da Fundação PTI, Juan Carlos Sotuyo, do diretor-presidente do Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (Itai), Jaime Nascimento, e de empregados do corpo técnico da Itaipu e PTI, entre outros.

O simulador era o que faltava para o funcionamento pleno do Lasse, que foi inaugurado em fevereiro deste ano, juntamente com o Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb). O espaço é resultado de uma parceria entre a Itaipu, a FPTI e o Itai. “O Lasse nasce com a marca da Itaipu em seu DNA e é mais um exemplo das diversas iniciativas que pesaram a favor da escolha de Foz do Iguaçu para sediar a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)”, ressaltou Samek.

No Brasil há apenas mais um laboratório equipado com um simulador como o recém-inaugurado. Ele pertence à Furnas e fica no Rio de Janeiro. Segundo Sotuyo, até esta quarta-feira, havia apenas duas opções para a realização das simulações propostas pelo Lasse. “Ou se esperava muito para conseguir fazer testes em Furnas, ou então era preciso gastar alguns dólares a mais para fazer os ensaios no exterior”, disse.

O “pai da criança”

“Observei que havia um custo elevado na compra de equipamentos por causa da falta de um laboratório como esse”, lembrou Pamplona. “Vi também que era preciso entender o espírito do PTI, que é investir em tecnologia nova, com equipe própria”, recordou Pamplona, visivelmente emocionado durante a solenidade. “Hoje tenho uma dupla sensação: uma melancólica e outra de felicidade. Melancólica porque perdi isso aqui; e de felicidade por tornar um sonho realidade.”