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Tecnologia
Latinoware: computador de baixo custo poderá ser nacionalizado
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17/10/2012

Com pequenas dimensões (5,4 cm por 8,6 cm) e apenas 45 gramas de peso, o Raspberry Pi foi uma das atrações nesta quarta-feira, dia 17, da Latinoware 2012. O computador de baixo custocomercializado entre US$ 25 e US$ 35 nos Estados Unidos e na Europafoi apresentado por Claudimir Zavalik, no Espaço Equador.
 
Durante a palestra, os participantes do evento, que lotaram a sala, puderam tocar no equipamento. O computador passou de mão em mão pelos conferencistas. Para os brasileiros, Zavalik anunciou uma ótima notícia. “Já há uma articulação no Brasil, para que, assim que o projeto for liberado, seja desenvolvido em universidades e centros de pesquisas do País”.
 
O projeto foi criado na Universidade de Cambridge (Reino Unido), como uma solução de baixo custo para a utilização educacional. Com placa única e pequena dimensão, o computador não tem disco rígido e o armazenamento de dados e do sistema operacional é realizado através de cartões SD.
 
Zavalik fez um pequeno histórico do projeto. Em sua primeira produção em larga escala, teve 10 mil unidades vendidas em apenas 15 minutos.

Outras novidades do primeiro dia da conferência:

Segurança: a privacidade e a segurança de crianças nas redes sociais, em especial no Facebook, foi um dos temas abordados no primeiro dia da Latinoware 2012, nesta quarta-feira, dia 17. A palestrante Gracielle Torres, idealizadora do projeto “Proteja o seu Filho na Internet”, apresentou dados sobre a utilização das mídias sociais por internautas com idade entre 13 e 17 anos. No Brasil, cerca de 13 milhões de usuários desta faixa-etária acessam o Facebook.

Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de usuários do Facebook, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Das 59 milhões pessoas que têm acesso à internet no País, 71% delas têm conta no Facebook. Desse percentual, 22% têm idades entre 13 e 17 anos. Segundo Gracielle, a incidência de crimes como a pedofilia e o bullying tem aumentado devido ao acesso irrestrito às redes sociais. “Hoje, o Facebook conta com cerca de 83 milhões de perfis falsos”, informou a palestrante, ressaltando a necessidade de controle e monitoramento por parte dos pais.

Segundo pesquisa da Tic Kids Online, 23% dos adolescentes, entre 11 e 16 anos, já tiveram contato com pessoas que conheceram na internet. A mesma pesquisa apontou que dos 1.580 pais entrevistados, 71% consideraram que os seus filhos usam a internet com segurança. Já 68% afirmaram que a probabilidade dos filhos passarem por algum problema no “mundo virtual” é praticamente nula.

A pesquisa também revela que 60% dos pais entrevistados se acham capazes de ajudar os seus filhos quando o assunto é internet. Mas aí surge um paradoxo. Apenas 47% dos pais afirmaram que acessam a internet. “Como você pode dizer que o seu filho não acessou um conteúdo impróprio ou não sofreu um problema se você não utiliza a internet? Isso se chama miopia digital”, ressaltou.

Gracielle apresentou algumas manchetes publicadas na imprensa para exemplificar a necessidade de controle por parte dos pais. Uma delas é sobre um pedófilo, preso na Inglaterra, que fez mais de 139 vítimas usando o Facebook. “Ter acesso ao perfil do seu filho é uma questão de segurança. Apenas proibir o uso não educa e não previne”, afirmou. Ao final, a palestrante também apresentou alguns programas de controle para o uso seguro da internet. Esses programas também estão disponíveis no site www.protejaseufilhonainternet.org.
 
Wikipedia dos mapas: o Open Street Map (OSM) é um programa de mapeamento mundial com licença gratuita. Diante de uma sala lotada, Djavan Fagundes e Willie Marcel ministraram uma palestra sobre o projeto e mostraram como as pessoas podem contribuir com a iniciativa.
O OSM surgiu de uma necessidade detectada no Google Maps, que, segundo Willie, não oferece mapas de cidades pequenas e áreas pouco desenvolvidas. “O OSM é uma espécie de ‘wikipedia dos mapas’. Todos que quiserem podem contribuir para mapear a sua região”, conta.
 
O programa já possuiu 500 mil usuários cadastrados e os interessados podem contribuir no mapeamento por meio do site www.openstreetmap.org. Mais completo que o Google Maps, o programa também se destacou ao ser utilizado no trabalho de resgate das vítimas do terremoto que ocorreu no Haiti, em janeiro de 2010.
 
“No dia do terremoto, o mapa estava com poucas informações e, em apenas 48 horas, as pessoas foram completando o que faltava. O resultado foi muito satisfatório”. O recurso também foi utilizado nos tsunamis ocorridos no Japão e no Chile, além das enchentes no Rio de Janeiro (RJ) e no Estado de Alagoas.

Durante a apresentação, outros aplicativos móveis também foram exibidos, como o OSMTracker, que possibilita o usuário gravar trilhas GPX, fazer anotações e fotos armazenadas na coordenada do lugar; e o OSMAnd, mais completo e consequentemente mais lento para a renderização.

Djavan Fagundes mostrou a sua experiência com o Projeto Butequeiro, um mapeamento com os bares de Belo Horizonte e região, que inclui avaliações do atendimento de cada estabelecimento. Outras informações podem ser obtidas com a Assessoria de Comunicação da Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil, pelo telefone (45) 3576-7186.

Presença feminina: Foi-se o tempo em que apenas os homens trabalhavam com as áreas mais complexas da tecnologia, como o desenvolvimento de softwares, hardwares e afins. O que se nota hoje é um aumento considerável de mulheres atuando nesse mercado desafiador.

Pesquisas recentes mostram que 19% dos profissionais de Tecnologia da Informação no Brasil são mulheres. Nesta quarta-feira, dia 17, integrantes do grupo MNT( Mulheres na Tecnologia) falou sobre  a entrada das mulheres no universo da tecnologia e sobre a experiência do MNT. “O grupo foi criado há quase quatro anos, em Goiânia, com o intuito de incentivar a participação de mulheres nesse mercado e quebrar possíveis preconceitos”, explicou Christiane Borges dos Santos, doutoranda em Ciências da Computação.

Atualmente, o grupo está presente também no Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Logo após o bate-papo sobre MNT, o Espaço Colômbia recebeu a mesa-redonda “Nerds de Batom”. As profissionais trocaram ideias e deram dicas de como ganhar dinheiro com as tecnologias da informática e a internet.
 
Eliane Domingos de Sousa, uma das integrantes do grupo “Nerds de Batom”, criado em Duque de Caxias, defendeu  que as “nerds” não devem se deixar intimidar com comentários pejorativos. Há espaço para todos e todas nesse campo. É só saber explorar. Quer saber mais sobre o assunto? Acesse www.mulheresnatecnologia.org.