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No coração de Itaipu: a U07 volta a 'pulsar'
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03/04/2009

São 11h36, quinta-feira, 2 de abril. A unidade geradora 07 é reconectada ao sistema. Após 14 dias nas mãos dos ‘médicos’ da Manutenção, o 'coração' de Itaipu volta a 'pulsar'. Quatro minutos depois, às 11h40, a unidade atinge sua produção máxima de 710 MW e assim continua. A Operação entra no comando. Às 11h55, a U07 é colocada no modo de operação pelo sistema digital Scada. Batendo forte e em pleno vigor, o coração 07 volta a produzir energia ao lado das outras unidades. 

 

O retorno da unidade geradora para o controle da Operação é um trabalho minucioso – assim como foi a programação para entregá-la à Manutenção.

 

Uma a uma, as áreas dão baixa em seus serviços e liberam os componentes da máquina. Os cirurgiões da Manutenção cumpriram seu papel. É hora de deixar a máquina operar.

 

Após as atividades no tubo de sucção e na roda da turbina, a área é novamente lacrada – com o enchimento do tubo de sucção, a plataforma usada no resgate dos peixes e na inspeção da roda foi retirada. Um pouco acima, na caixa espiral, as pequenas plataformas postas sobre os ‘dentes’ da turbina também são sacadas. As duas escotilhas, do tubo de sucção e da caixa espiral, voltam a ser lacradas e assim devem permanecer.

 

A água sobe pelo coração, chegando à caixa espiral. Seguro, escotilhas fechadas. Com a pressão equalizada, sobem os dois gigantescos stop-logs de jusante. Enquanto isso, os radiadores são colocados novamente no gerador e as últimas inspeções naquela área são feitas. Os tampões vermelhos são postos de volta e selados.

 

O time da Operação entra em ação e confere o trabalho feito nos controladores de velocidade. Treinam a abertura das palhetas pelos braços poderosos dos servomotores. Abre, fecha, abre, fecha. Tudo em ordem. A equipe faz a simulação da volta da máquina na sala de comando da parada. São 17h20 do dia 1º de abril, e os profissionais da OPUO.DT estão agitados. A simulação não encontra falhas. A máquina está pronta.

 

A montante da usina, a equipe das pontes e pórticos faz o trabalho paciente de levantar as comportas stop-logs. São sete segmentos divididos em três partes – uma válvula e dois conjuntos de três segmentos. Todo o conjunto pesa 86 toneladas e passa dos 14 metros de altura. Neste momento somente a comporta de serviço barra a água do reservatório.

 

O ‘sangue’ então corre pelo coração. Todo o conduto forçado é preenchido e a pressão é equalizada com o reservatório. A comporta de serviço é, enfim, levantada fazendo a água do reservatório fluir novamente. O giro mecânico da turbina é feito passo a passo. Abre as palhetas, entra a água na roda da turbina. Dez, vinte, trinta, quarenta porcento da velocidade até atingir 100%. Às 8h32 do dia 02 de abril a roda atinge seu giro máximo. O coração para, são feitos novos ensaios, para retornar a produção. As atividades da manutenção são encerradas às 11h05. Às 11h36, a máquina recebe alta. O coração volta a pulsar.

 

Epílogo

 

Rotina de operação na U07. A unidade está agora operando via Scada e monitorada pelos olhos atentos da equipe do turno da Operação de tempo real. Com alarmes e dispositivos de supervisão em pleno funcionamento, o pessoal da Sala de Controle Central pode fazer seu trabalho: controlar e supervisionar a produção. Mas lá embaixo, na cota 108, sobre a tampa da U07, técnicos da Manutenção e da Operação estão em movimento. Carregam suas ferramentas e se deslocam para a U04. É dia 13 de abril, manutenção bienal naquela unidade. O trabalho começa novamente ...