Mais do que um mês de atividades festivas, março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher (dia 8), será uma data de reflexão, comemoração e um convite para a superação a novos desafios. Criado em 2004, o Programa de Incentivo à Equidade de Gênero chega a um novo patamar. De executor, passa a ser orientador das ações de gênero na empresa em consonância com todas as áreas. Antes, éramos nós que dávamos as diretrizes, agora esse trabalho é feito em conjunto”, diz Maria Helena Guarezi, coordenadora do programa.

Prestes a completar cinco anos, o programa deu um salto de qualidade graças a essas parcerias.

“Para a consolidação da equidade de gênero na empresa, trabalhamos com ações na gestão de pessoas, o que colaborou para as mudanças na cultura organizacional. E isso ocorreu naturalmente, completa Maria Helena. 

O conceito de gênero está inserido dentro de todos os outros programas e ações de Itaipu, da área técnica ao RH, por exemplo. O Comitê de Gênero, que é o coletivo gestor do Programa de Incentivo ao Gênero, hoje conta com homens e mulheres. E todos(as) estão convidados a fazer parte desse processo. Uma realidade que também vem ocorrendo no lado paraguaio da usina.

Quadro pessoal

Segundo Maria Helena Guarezi, a experiência brasileira está ajudando a implementar o programa similar no Paraguai. São feitas reuniões conjuntas, com troca de informações e experiências sobre os avanços em cada margem.

No lado brasileiro, há 268 mulheres entre os 1.465 empregados, o que equivale a 18,3%. Nos cargos de nível gerencial elas representam 18,7% . "Os dados mostram um equilíbrio na ascensão de cargos, levando em conta o percentual de empregadas”, diz Maria Helena. No lado paraguaio, dos 1.831 empregados, 245 são mulheres, de acordo com dados do RH.AE.

Conquista de espaços

Se a margem brasileira deu grandes exemplos, como a primeira diretora da história da empresa, Gleisi Hoffmann - sucedida por outra mulher, Margaret Groff -, no Paraguai os avanços são rápidos.

O JIE noticiou, há poucos dias, a contratação das primeiras mulheres para “serviços de homem”: Gládys Alderete Coronel e Ruti Alvarez Paez assumiram cargos na Manutenção, um reduto até então masculino.

Antes delas, contratadas pelo lado brasileiro, veio Elisiane Schossler de Brites, na Operação. Na Segurança Empresarial, passaram para a história da equidade de gênero as colegas Regiane Biassu e Érica Patrícia Davies.

Referência

Além de garantir mais equilíbrio na relação de trabalho entre homens e mulheres, com a abertura de processos seletivos e oportunidade de ascensão profissional para todos(as) de forma transparente e sem discriminação, Itaipu - pioneira no setor elétrico a adotar ações de gênero dentro de sua missão - é ainda hoje uma referência para outras empresas, não só públicas como também privadas.

Avanços: benefícios para homens e mulheres

- Dispensa da empregada mulher para acompanhar o filho menor em casos de exames médicos e/ou internamentos, sem prejuízo da remuneração. (Na foto, Ileni Damiani, Elizete Medeiros e a PIIT Rafaela Juliana Costa Rodrigues);
- Contratação de médica do trabalho;
- Condições especiais de trabalho para as grávidas (transporte, mudança de local de trabalho);
- Garantia dos benefícios da adoção análogos aos da maternidade (Brasil e Paraguai);
- Criação de vagas para mulheres na área técnica e de segurança empresarial e de homens nos espaços majoritariamente femininos (copa e secretaria);
- Ampliação da participação feminina na comissão de ética e comissão de reclamação interna;
- Ampliação do número de mulheres nos cargos de chefia;
- Adequação de instalações sanitárias femininas e área de fumantes, onde não existia;
- Ampliação da participação das mulheres em cursos de formação/capacitação;
- Desenvolvimento gerencial por competência, viabilizando a inserção da mulher trabalhadora da Itaipu num novo modelo de gestão empresarial;
- Extensão de auxílio creche aos empregados;
- Dispensa para acompanhar o filho menor nas festividades alusivas ao dia das mães/pais, sem prejuízo da remuneração;
- Horário móvel;
- Restaurante na usina;
- Apresentação da questão de gênero no Pine – Programa de Integração de Novos Empregados da IB;
- Extensão dos benefícios aos homoafetivos.

Programação especial

A programação de março ainda não foi definida, mas algumas surpresas estão sendo preparadas. Entre outras atividades, estão previstas reuniões internas para a consolidação das propostas das diretrizes para a Equidade de Gênero.

Haverá ainda a apresentação do Programa Incentivo à Equidade de Gênero da Itaipu Binacional no encontro da GRI, como exemplo para análise dos indicadores, palestra com as integrantes do Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho e uma palestra com a escritora e feminista Rose Marie Muraro.