Sala de Imprensa
Pesquisador debate socialização de software livre
30/10/2008
O pesquisador paraguaio Jose Alberto Villalba González defendeu nesta quinta-feira, em palestra na Latinoware 2008, o software livre como ferramenta para os países em desenvolvimento garantirem “ autonomia e liberdade para qualificarem a questão da educação e do acesso à informação, de acordo com suas necessidade e praticamente sem custos”.
O quesito seguinte refere-se à socialização de redes de tecnologias digitais com código de fonte aberto. Ou seja, facilitar o acesso às ferramentas para o uso dessas tecnologias e mesmo a linguagem aplicada pelos desenvolvedores de programas e sistemas livres, para toda a sociedade. Neste aspecto, as universidades podem agir como mediadoras do processo. “Vejo nas universidades e faculdade um papel fundamental de democratizar esse saber e o acesso a esses instrumentos tecnológicos à comunidade acadêmica e a toda a sociedade”, disse.
Para atingir as metas, o pesquisador paraguaio Jose González destaca ainda a necessidade de o Paraguai implementar um plano de ação piloto na área de software livre e de sistemas liberais de conteúdo programático e digital.
Segundo ele, no momento o Paraguai desenvolve o projeto Arandu PY, considerado o programa central para a difusão da ideologia e das tecnologias ligadas aos modelos de informática de código aberto no país.
O programa funciona sustentado em uma grande rede digital espalhada pelas universidades do Paraguai, que desenvolvem em conjunto diversos projetos relacionados ao software livre. “Os países em fase de desenvolvimento, como o Paraguai, precisam aprender a trabalhar com esses softwares, que darão autonomia e liberdade para qualificarem a questão da educação e do acesso à informação, de acordo com suas necessidade, praticamente sem custos”, ressaltou.
Isso pode ser obtido, analisa Gonzáles, através de parceria com outras nações que desenvolvem projetos neste segmento, incentivando a criação de redes internacionais de sistemas de código fonte aberto. “Essa, talvez, seja a melhor forma para mantermos uma rede avançada de compartilhamento de informações acadêmicas, científicas e de cunho investigativo”, salientou. |