O Banco do Brasil (BB) deve economizar cerca de R$ 90 milhões no período de 2000 a 2010, com a adoção de programas de software livre. A estimativa foi apresentada pelo o especialista em sistemas livres de informação Ulisses de Sousa Penna, responsável pela área de Tecnologia do banco.

Ulisses de Sousa Penna, responsável pela                área de Tecnologia do Banco do Brasil

Criador do Sistema de Home Banking do BB, o pesquisador fez nesta quinta-feira, 30, a palestra oficial de abertura da 5ª Conferência Latino-Americana de Software Livre – Latinoware 2008, em Foz do Iguaçu. A projeção exposta pelo cientista mostra a economia obtida pelo banco com o uso de ferramentas e soluções livres como o Linux, Solaris e o Open Office, versão do Office, da Microsoft, entre outros programas.

A economia aparece com a redução de despesas com o pagamento de licenciamentos anuais para o uso dos aplicativos de informática e gastos com manutenção periódica dos programas, sem falar na necessidade da atualização freqüente das ferramentas tecnológicas adotas pela empresa. 

Durante a palestra, Ulisses Penna mostrou toda a evolução do processo de implantação de sistemas de software aberto pelo Banco do Brasil, desde 2000, quando a instituição aderiu ao primeiro modelo, o Proxy Linux, para o controle de acesso à internet.

Hoje, mais de 60% dos programas usados pelo Banco do Brasil são Linux, software com código fonte aberto. “Queremos totalizar as operação com softwares livres nas próximas décadas dentro de um planejamento estratégico”, informou.

Para dimensionar, o BB conta 65 mil estações de trabalho e 5,5 mil servidores de computadores espalhados em mais de 40 mil terminais de atendimento em todos os estados do Brasil.

A Latinoware 2008 é uma iniciativa da Itaipu Binacional em conjunto com a Fundação PTI, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro).