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TVs digitais abrem espaço para redes públicas
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31/10/2008

Com o avanço das TVs digitais no Brasil, entidades sociais e organizações não governamentais terão a chance de direcionar programas regionais para apresentar ações e projetos. A previsão é do técnico em software livre do Dataprev, Marco Antonio Munhoz da Silva. Ele ministrou nesta sexta-feira, 30, a palestra “TV digital-social”, durante o segundo dia de V Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware), que prossegue até este sábado no Parque Tecnológico Itaipu, em Foz do Iguaçu.

 

Segundo o especialista, os sinais digitais vão permitir a melhor organização de movimentos sociais, que poderão transmitir propostas e discutir planos ideológicos em 'verdadeiras redes públicas de transmissão digital'. “As entidades vão poder debater a cultura e a educação, além de aspectos ligados à cidadania”, disse.

 

Essa tecnologia, em seu ponto de vista, vai favorecer toda a população com a democratização da mídia digital, promovendo, assim, a inclusão social, diversidade cultural e o acesso gratuito à informação tecnológica. Marco Antonio citou ainda o decreto 4.901, de 26 de março de 2003, que cria o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTD), como o instrumento de impulso para o desenvolvimento do modelo no Brasil.

 

O sistema segue os parâmetros do modelo japonês de telecomunicações digitais, dentro de algumas diretrizes centrais, com o mesmo foco da inclusão digital, diversidade de culturas do país, incentivando a valorização da língua pátria e o acesso às novas tecnologias.

 

Com o início da operação das TVs digitais, o governo pretende criar quatro canais públicos - Canal Educativo, de Cultura, Cidadania e Canal do Poder Executivo. “Será a forma do estado promover com vigor a cidadania”, frisou Marco Antonio Munhoz da Silva.

 

Hoje, 47,56 milhões de famílias brasileiras possuem pelo menos um aparelho de televisão. Isso representa 97,7% de toda a população do país. Para efeito comparativo, 16,31 dos cidadãos do país têm computador em casa, e apenas 10% acesso à internet, sendo 0,25% das classes D e F.

 

A Latinoware é uma iniciativa da Itaipu Binacional em conjunto com Fundação PTI, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro).