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Veículo elétrico ganha bancada de testes
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17/10/2008

O espírito inovador de dois estagiários do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos vai facilitar as pesquisas em torno da tecnologia do carro elétrico. Rui Marcos Faria de Souza e Luiz Diogo Filho, graduandos do curso de engenharia mecânica da Unioeste, sob a orientação de empregados de Itaipu, projetaram uma bancada de testes que reúne todos os componentes eletrônicos e a bateria do veículo elétrico (VE) em um único módulo.

 

Após dois meses de trabalho, que envolveu outras áreas de Itaipu, a bancada foi entregue esta semana no Galpão 5. Ensaios que antes não podiam ser feitos com o carro em movimento agora podem ser realizados com praticidade na bancada.

 

“Quando alguém faz uma pergunta que você não pode responder porque não conseguiu medir, é sinal que está precisando de uma nova ferramenta”, afirma Márcio Massakiti Kubo, um dos engenheiros envolvidos com o projeto de desenvolvimento do veículo elétrico. Segundo ele, alguns parceiros de Itaipu no projeto já mostraram interesse em “importar a tecnologia” e utilizar a bancada em seus ensaios.

 

Um dos objetivos, segundo Massakiti, é nacionalizar a produção dos componentes do veículo elétrico para torná-lo economicamente viável. Todas as peças do carro são trazidas da Suíça, sede da Kraftwerke Oberhasli (KWO), empresa que trouxe a tecnologia. Mas muitos problemas que o veículo elétrico apresenta aqui não ocorrem na Suíça, visto a diferença nas condições climáticas.

 

“É preciso adaptar o veículo ao clima brasileiro, inclusive em função do ar condicionado”, diz Massakiti. A bancada já está sendo utilizada por alunos do Parque Tecnológico Itaipu, que desenvolvem uma espécie de computador de bordo para o carro elétrico. “Eles precisavam ter um acesso fácil aos componentes do veículo para aplicarem os sensores do computador”, explica Luiz Diogo. Agora será adaptado um eixo ligando o motor da bancada a outro componente, que vai simular efeitos do relevo na bancada de teste – exigindo mais esforço do motor nas “subidas” e aliviando nas “descidas”.

 

Do projeto à construção

 

Todo o projeto foi desenhado no software AutoCAD, levando em conta a disposição dos componentes tal como é feita no carro de verdade. Para Rui Marcos, a principal dificuldade foi adaptar o projeto ao material disponível – a bancada é toda feita de material reciclável disponível em Itaipu. Para a construção, os empregados do Galpão 5 contaram com a ajuda das oficinas industrial e eletromecânica e da Divisão de Manutenção Civil e Industrial.